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Excerto: Mulheres que correm com os lobos - Clarissa Pinkola Estés

 "Minha própria geração, posterior à Segunda Guerra Mundial, cresceu numa época em que as mulheres eram infantilizadas e tratadas como propriedade. Elas eram mantidas como jardins sem cultivo... mas felizmente sempre chegava alguma semente trazida pelo vento. Embora o que escrevessem fosse desautorizado, elas insistiam assim mesmo. Embora o que pintassem não recebesse reconhecimento, nutria a alma do mesmo jeito. As mulheres tinham que implorar pelos instrumentos e pelo espaço necessário às suas artes; e, se nenhum se apresentasse, elas abriam espaço em árvores, cavernas, bosques e armários.      A dança mal conseguia ser tolerada, se é que o era, e por isso elas dançavam na floresta, onde ninguém podia vê-las, no porão ou no caminho para esvaziar uma lata de lixo. A mulher que se enfeitava despertava suspeitas. Um traje ou o próprio corpo alegre aumentava o risco de ela ser agredida ou de sofrer violência sexual. Não se podia dizer que lhe pertenciam as roupas que c...

A Tesmoforia - Sennett

 Trecho retirado do livro "Carne e Pedra" de Sennett. "A Tesmoforia, na sua origem pré-homérica, nada mais é que um rito de fertilidade presidido por Deméter - deusa da terra - e conduzido pelas mulheres, no fim do outono, às vésperas do plantio das sementes. A história desse festival começa o enterro de Perséfone, filha da deusa enlutada; o nome decorre do gesto cerimonial de colocar objetos no solo ( thesmoi, em grego, significa "baixar", no sentido amplo de falar com certeza e convicção). Ao fim da primavera, as mulheres abatiam porcos, que a mitologia grega considerava sagrados, enterrando-os, para que apodrecessem em buracos chamados megara . Esse momento de preparação era chamado de Scirophoria , simbolizando a fertilização da terra. O santuário de Deméter, em Elêus, situava-se fora de Atenas. A Tesmoforia, realizada ao longo de três dias do outono, dentro dos muros da cidade, transformava o ato de adubar o chão numa experiência urbana.     No primeiro di...

Resenha - O Bem Viver, Alberto Acosta

     Olá, pessoas,     Terminei o livro "O Bem Viver" do Alberto Acosta e fiz uma resenha curtinha. Esses tempos atrás coloquei um trecho do livro que achei muito legal aqui no blog, aproveitem para ler também. É isso, fiquem com a resenha. Beijosss :)             Alberto Acosta apresenta o Bem Viver como uma oportunidade para imaginar novos mundos. Novos mundos estes, que é necessário aprender com os diversos povos e culturas já existentes muito antes que nós mesmos. Outro tema muito discutido é em relação aos Direitos da Natureza, que tanto vem sendo abdicado. Acosta demonstra com clareza que a natureza não está aqui para nos servir e, sim que a economia deve se subordinar a natureza, pois, se destruída, destrói-se o homem e a própria economia. Tudo está intrínseco à natureza.             A leitura do Bem Viver é muito difícil. Difícil porque nos de...

Patologias Construtivas: Fissuras.

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      Olá, pessoal!     Tive que entregar um trabalho na faculdade para esta semana sobre patologias construtivas. O tema que eu peguei foi fissuras, mas no meu grupo existem mais outras duas pessoas que irão complementar com trincas e Light Steel Frame. Então assim que o resultado final estiver pronto, eu publico para vocês.     Por enquanto, deixarei o meu aqui para quem tiver curiosidade.       Fissuras 1.   Características Fissuras são uma patologia muito comum no meio da construção civil, porém, interferem na estruturação de obras. Para serem caracterizadas como tais, precisam ter aberturas de até 0,5 mm, podendo surgir em paredes e tetos. Normalmente são originadas por deformações ou deslocamento do substrato. 2. Causas Para a identificação e o tratamento de uma fissura, é necessário mão de obra qualificada e, com uma inspeção visual, já é possível identificar uma possível causa, mas em alguns casos, a análise é fe...

Excerto: O Bem Viver - Alberto Acosta

      O Bem Viver é um livro que estou lendo atualmente, a pedido de uma professora de Estudos Sócio Econômicos. Vou citar um pequeno excerto do livro que está logo no começo e gostei bastante.     "A natureza não está aqui para nos servir, até porque nós, humanos, também somos natureza e, sendo natureza, quando nos desligamos dela e lhe fazemos mal, estamos fazendo mal a nós mesmos." Página 15,  § 1.

Prazer, Ana.

      Oi!     Me chamo Ana, atualmente tenho 18 anos, sou estudante de Arquitetura e Urbanismo e estou em meio a uma pandemia.     Criei este blog simplesmente para salvar e compartilhar muitas coisas com vocês. Tanto em relação aos meus estudos, quanto à alguns livros que estou lendo, vídeos que eu gostei por algum motivo, filmes, séries e tudo que eu quiser e sentir vontade!!!      Aqui é um espaço LIVRE! Sinta-se em casa! Vamos interagir, conversar, debater, aprender, discutir, trocar ideia, compartilhar!!!      Eu prefiro me manter anônima na internet, nunca gostei de ser o centro das atenções. Sobretudo, serei muito transparente com vocês aqui :)     No mais, é isso!